Os primeiros 1.000 dias de vida da criança são considerados como janela
de oportunidades, pois tudo que ocorre poderá interferir futuramente
no desenvolvimento da criança (AGOSTI et al., 2017; SHONKOFF, 2011).
Esse período corresponde aos 270 dias de gestação, mais 365 dias referentes
ao primeiro ano de vida, somados aos 365 dias do segundo ano
de vida, ou seja, desde a concepção do indivíduo até os dois anos de idade
da criança (ELMADFA; MEYER, 2012).
Trata-se do período de maior crescimento e desenvolvimento neurológico
da criança, devendo ser a fase para oportunizar condições favoráveis
em todos os domínios do desenvolvimento que trarão benefícios
para toda a vida (NELSON, 2000).
É imperativo que a criança seja criada em um ambiente propício e
acolhedor, além da necessidade de receber estímulos e oportunidades
para se desenvolver da melhor forma possível, especialmente, tratando-
se de um indivíduo com atraso e/ou algum transtorno do neurodesenvolvimento
(NAUDEAU, 2009).
A primeira infância é o período que vai desde a concepção do bebê até
os 6 anos de idade, período este cujas experiências e descobertas são levadas
para o resto da vida.
Diversos estudos demonstram que esse período é extremamente sensível
para o desenvolvimento da criança, pois é quando sua estrutura
emocional e afetiva é formada, além de desenvolver áreas fundamentais
do cérebro, relacionadas ao caráter, à personalidade, à capacidade
de aprender e de memorizar.
É muito importante que a criança se desenvolva em um ambiente favorável,
cercada de afeto e com liberdade para brincar, pois as experiências
vividas nos primeiros anos de vida são essenciais para a constituição
do adulto que ela será no futuro (SANTOS, 2017).
Fonte:
Desenvolvimento neuropsicomotor, sinais de alerta e estimulação precoce: um guia para pais e cuidadores primários
MINISTÉRIO DA SAÚDE
INSTITUTO DO CÂNCER INFANTIL E PEDIATRIA ESPECIALIZADA
HOSPITAL DA CRIANÇA DE BRASÍLIA JOSÉ ALENCAR